A Fertilização In Vitro (FIV) é a técnica de reprodução assistida mais avançada, e a que produz as melhores taxas de sucesso, quando comparada às técnicas de baixa e média complexidade, como o coito programado e a inseminação intrauterina.
Para se realizar este procedimento, a mulher deve receber diferentes tipos de medicamentos para estimulação ovariana, geralmente com maiores doses do que na baixa e média complexidade, para se obter um maior número de óvulos recrutados. Para acompanhar o crescimento dos folículos são realizados ultrassons seriados em dias específicos do estímulo.
Os folículos também têm seu crescimento acompanhado por ultrassonografia até que atinjam um diâmetro aproximado de 18 mm, e o endométrio, uma espessura superior a 7 mm. Quando isso ocorre, a paciente recebe uma última medicação (hCG), que termina o amadurecimento dos óvulos.
Em seguida, a paciente será preparada para a coleta dos óvulos, é necessário um jejum de 8 horas, e no momento da capação a bexiga deve estar vazia. Nesse caso, é necessário a sedação profunda da paciente, o Centro Cirúrgico contará com anestesista, a médica e um auxiliar. Por meio de uma agulha conectada ao transdutor do ultrassom transvaginal e acopladas a um sistema de aspiração é realizada a captação dos óvulos. No laboratório, após a aspiração, os óvulos são separados, cultivados e classificados quanto à sua maturidade.
Na maioria das vezes a coleta do espermatozoide é realizada por masturbação. O paciente é direcionado para uma sala de coleta, totalmente exclusiva para que tenha sua privacidade preservada. Após a coleta, o sêmen é deixado em um recipiente para posterior retirada do embriologista responsável.
Após a captação dos óvulos e coleta dos espermatozoides, ambos são direcionados para o laboratório para preparo e submetidos ao processo de fertilização, que poderá ser realizada pela FIV clássica (quando se coloca os espermatozoides em contato com os óvulos e a fecundação ocorre naturalmente) ou pela ICSI (Injeção Intracitoplasmática de Espermatozoide), que consiste na injeção de um espermatozoide dentro do óvulo.
Após a FIV / ICSI os embriões serão formados e acompanhado o crescimento até o D 3 (3º dia de vida do embrião) ou até o D 5 (5º dia de vida ou fase de blastocistos).
Os embriões são desenvolvidos e monitorados no laboratório. De dois a cinco dias após a fertilização são escolhidos os embriões de melhor qualidade, e assim o médico, o embriologista e o casal decidirão juntos quantos serão transferidos, todo o processo seguindo as regras da ética, de acordo com a idade e qualidade dos embriões.
O Conselho Federal determina uma quantidade máxima de embriões por tentativa de acordo com a idade de cada paciente, conforme consta na Resolução 2168/2017.
Após 14 dias da transferência dos embriões é feito um exame de de Beta HCG para confirmação da gravidez. Para resultado positivo, é feito um ultrassom para confirmação.