A relação sexual programada ou coito programado é um tratamento de baixa complexidade que consiste na monitorização do ciclo feminino feita através de ultrassonografia transvaginal periódica, com o objetivo de determinar o dia correto da ovulação.
Nesta data o casal é orientado a manter relação sexual.
O coito programado funciona devido ao estímulo de até 3 folículos dos ovários por meio de medicamentos orais ou injetáveis, que devem ser administrados durante um determinado período de tempo.
A utilização dos medicamentos começa no início do ciclo menstrual geralmente no 2º ou 3º dia de menstruação.
As principais indicações do coito programado são:
• Oacientes que tenham idade inferior a de 35 anos;
• Pacientes com fator ovulatório como única causa de infertilidade;
• Virgens de tratamentos anteriores;
• Qualidade adequada do sêmen;
• Integridade anatômica do sistema reprodutor feminino.
No coito programado é possível realizar até 3 tentativas de ciclos seguidos.
Após as tentativas, se gravidez não ocorrer, é necessário buscar auxílio através de outras técnicas, como a inseminação artificial, classificada como técnica de média complexidade.
As chances de um casal engravidar por meio do coito programado são em torno de 10 a 12% e dependem de diversos fatores, como a idade da mulher.
Na inseminação intrauterina em pacientes abaixo de 30 anos, a taxa de gravidez varia de 15% a 20%, mas acima de 37 anos cai para 6,2%.
Em pacientes com infertilidade sem causa aparente, a inseminação artificial tem melhores resultados do que o coito programado quando associada à estimulação ovariana.
Grande parte das gestações acontecem nos primeiros quatro meses de tratamento.
Nos casos em que o casal não engravida após seis meses de tratamento, outras técnicas de reprodução assistida devem ser consideradas, sempre individualizando o caso, levando-se em consideração a idade da paciente, um dos principais fatores de sucesso dos tratamentos, o tempo de infertilidade e a causa.